Hoje vou falar-vos da Pérsola. Para quem lê o meu blog-baú de poemas e crónicas, sabe que o amor ( e o seu reverso), são temas recorrentes. Afinal, não é este uma força, que nos motiva/desmotiva, quanto mais não seja o amor próprio? Bem, na verdade este é um texto em que o desamor gerou amor e está personificado numa bela mulher chamada Pérsola. Vamos, tenho agora que dar um pormenor interessante, para que o leitor de olho digital de preguicite aguda, não desista de ler, habituado como está às curtas e empoadas frases das redes sociais. Aqui vai esse detalhe importante, que revela toda a essência do desamor: a Pérsola tinha como apelido “ Exposta”, como aliás, muitas outras crianças que nasceram naquela altura, na Roda dos Expostos. “Exposta” ou “exposto” era o nome que se dava às crianças fruto de relações “proibidas”- ou que a sociedade não aprovava, por exemplo, entre um criado e uma menina burguesa de um colégio de freiras. Porquê? Aqui chega aquele momento em que o narrador pr
Poder reescrever-me. Mergulhar n´AmnésiAmor. Deixar lá o colar de pérolas: F-A-L-S-A-S Todas aquelas que colecionei E esquecê-las lá, Para sempre. * Para regressar, Sem medo, I-N-T-E-I-R-A Segura, de que sou a M-U-L-H-E-R D-A M-I-N-H-A V-I-D-A. E não vou aceitar que ninguém me ponha E-T-I-Q-U-E-T-A-S ou me C-A-L-E-O-C-O-R-A-Ç-Ã-O * E quero voltar a amar Escrever num quadro limpo, Com um giz candidamente branco A palavra A-M-O-R Em letras gigantes e R-U-I-D-O-S-O. * Ver tudo, Pela primeira vez, Com os olhos de uma criança Que pinta o amor em cores primárias: A-Z-U-L, V-E-R-M-E-L-H-O-e-A-M-A-R-E-LO SOMENTE. * Por mim Por ti, Por nós: Pelo A-M-O-R PU-R-O R-E-I-N-V-E-N-T-O-M-E.